sexta-feira, 12 de junho de 2009

Prisão

Essa semana, assistindo um seriado, me deparei com uma cena que me fez refletir um pouco.

Era a típica cena de quando alguém vai preso, que mostra a personagem de baixo, focando os muros.

Isso à primeira vista me fez pensar o quão ruim não seria ficar recluso. Entretando, comecei a refletir. Aquilo se trata apenas de uma prisão com paredes. E as outras prisões?

Falo das prisões abstratas que se tornam concretas.

Exemplos:

Pessoas que se aprisionam à medos, vícios, idolatria, fé.

Inúmeras pessoas trancam-se diáriamente em sua psique porque tem algum tipo de medo, fobia.

Outras deixam de até mesmo pensar, só em respeito à Dogmas.

Outras se aprisionam ao luxo, não conseguem sair de casa sem um rolex no pulso e uma mont blanc no bolso. Caso que não ocorre apenas na classe A, mas também nas classes mais baixas. Afinal, se o adolescente não sai de casa com um par Adidas nos pés ele não é respeitado entre seus pares.
Se o rapaz não possui um carro, para ALGUMAS (entenda-se o algumas) garotas, ele talvez não seja para o nível delas.

Alguns se acorrentam à teorias. Freud foi assim. Estava tão ligado à sexualidade que repudiava seus colegas de profissão que não acreditavam em sua teoria.

Esses tipos de prisão se tornam concretas de forma muito rápida.

Exemplos:

Um viciado, pode ficar preso à uma cama, ou em um centro de recuperação.

Pessoas matam (e muitos já foram mortos) pela fé.

Jovens roubam para poder ter os mesmos produtos que seus colegas.

Entre outros.

O que quero colocar aqui não é nenhuma teoria. Apenas quero que os leitores reflitam sobre isso.
Não consigo me imaginar postando nenhuma forma de fuga (se é que o termo não fica irônico) dessas prisões. Apenas os convido à pensar: O que tem me aprisionado? O que tenho defendido fielmente de modo à abalar amizades ou afastar pessoas? O que tenho deixado de fazer em nome de minhas crenças, preconceitos ou de minha fé?

Caso alguém consiga fazer essa reflexão, e encontre algum ponto no qual se aprisionou, seria interessante que compartilhasse. Sempre existem pessoas que podem ajudar.

Meu e-mail está no perfil.

Abraços,

Abiezer Lopes.