Essa semana, assistindo um seriado, me deparei com uma cena que me fez refletir um pouco.
Era a típica cena de quando alguém vai preso, que mostra a personagem de baixo, focando os muros.
Isso à primeira vista me fez pensar o quão ruim não seria ficar recluso. Entretando, comecei a refletir. Aquilo se trata apenas de uma prisão com paredes. E as outras prisões?
Falo das prisões abstratas que se tornam concretas.
Exemplos:
Pessoas que se aprisionam à medos, vícios, idolatria, fé.
Inúmeras pessoas trancam-se diáriamente em sua psique porque tem algum tipo de medo, fobia.
Outras deixam de até mesmo pensar, só em respeito à Dogmas.
Outras se aprisionam ao luxo, não conseguem sair de casa sem um rolex no pulso e uma mont blanc no bolso. Caso que não ocorre apenas na classe A, mas também nas classes mais baixas. Afinal, se o adolescente não sai de casa com um par Adidas nos pés ele não é respeitado entre seus pares.
Se o rapaz não possui um carro, para ALGUMAS (entenda-se o algumas) garotas, ele talvez não seja para o nível delas.
Alguns se acorrentam à teorias. Freud foi assim. Estava tão ligado à sexualidade que repudiava seus colegas de profissão que não acreditavam em sua teoria.
Esses tipos de prisão se tornam concretas de forma muito rápida.
Exemplos:
Um viciado, pode ficar preso à uma cama, ou em um centro de recuperação.
Pessoas matam (e muitos já foram mortos) pela fé.
Jovens roubam para poder ter os mesmos produtos que seus colegas.
Entre outros.
O que quero colocar aqui não é nenhuma teoria. Apenas quero que os leitores reflitam sobre isso.
Não consigo me imaginar postando nenhuma forma de fuga (se é que o termo não fica irônico) dessas prisões. Apenas os convido à pensar: O que tem me aprisionado? O que tenho defendido fielmente de modo à abalar amizades ou afastar pessoas? O que tenho deixado de fazer em nome de minhas crenças, preconceitos ou de minha fé?
Caso alguém consiga fazer essa reflexão, e encontre algum ponto no qual se aprisionou, seria interessante que compartilhasse. Sempre existem pessoas que podem ajudar.
Meu e-mail está no perfil.
Abraços,
Abiezer Lopes.
Resenha: O Homem sem Grana (Mark Boyle)
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