sexta-feira, 27 de março de 2009

PIRATARIA

Sempre fui contra a Pirataria, por motivos capitalistas e etc. Contudo, hoje me deparei com uma apologia à mesma que me fez refletir.

Durante uma aula, um de meus professores, disse ser à favor da mesma. E expôs à sala um único argumento, sendo que esse me tocou profundamente e me mostrou como minha visão era Egoísta.

O argumento usado era o seguinte:

"Como um trabalhador, ganhando 1 salário mínimo (R$465,00), pode se dar ao luxo, de quando seu filho lhe disser que quer assistir à um filme ou ler um livro ou ouvir um CD, de pagar R$60,00 em um DVD?"


E este argumento é aceitável pois:

É direito constitucional à todo Cidadão o acesso ao Lazer (Art. 6º, Caput, CF), onde entende-se também, acesso à Cultura.
        Muitos defendem o progresso por meio da educação, entretanto a educação (que também é direito constitucional) tem como parte de sí a cultura. Afinal, de que adianta que a criança seja um gênio, se não puder ouvir o som de "Pra Não Dizer que Não Falei de Flores"?
Enquanto isso, os que se dizem contra a pirataria, são os que lucram sem a mesma. Quantos helicópteros, por exemplo, possui um cantor de renome? Quantos carros importados?
Portanto, Sejamos um pouco menos egoístas.

E para os que dizem que só sabemos criticar, proponho soluções:
Ou, diminui-se o valor de produtos originais, para que todo cidadão tenha acesso, ou aumenta-se o Valor do Salário Mínimo que, pela CLT, deve atender apenas às necessidades como higiene, alimentação, moradia e transporte, ou seja, a própria CLT se mostra inconstitucional quando formulando o piso salárial de todos os Brasileiros, não atende à todos os seus direitos.

Esse é o ponto de vista de uma mente soube ouvir e aceitar mudanças.

Espero que, no caso de sua mente estar também aberta à essas mudanças, que ajude fazendo sua parte e divulgando essa opinião. Afinal de contas, o que seria de Sócrates, se seus discípulos não tivessem divulgado seus ensinamentos?

"Uma mente que se abre à novas idéias, Nunca retorna à seu tamanho original" (Albert Einstein)
 

quarta-feira, 18 de março de 2009

Ainda Resta Dignidade

UM JUIZ NOTA DEZ!!!!!

Odilon de Oliveira, de 56 anos, estende o colchonete no piso frio da sala, puxa o edredom e prepara-se para dormir ali mesmo, no chão, sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados. Oliveira é juiz federal em Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul na fronteira com o Paraguai e, jurado de morte pelo crime organizado, está morando no fórum da cidade. Só sai quando extremamente necessário, sob forte escolta. Em um ano, o juiz condenou 114 traficantes a penas, somadas, de 919 anos e 6 meses de cadeia, e ainda confiscou seus bens. Como os que pôs atrás das grades, ele perdeu a liberdade. 'A única diferença é que tenho a chave da minha prisão.'


Traficantes brasileiros que agem no Paraguai se dispõem a pagar US$ 300 mil para vê-lo morto. Desde junho do ano passado, quando o juiz assumiu a vara de Ponta Porã, porta de entrada da cocaína e da maconha distribuídas em grande parte do País, as organizações criminosas tiveram muitas baixas.
Nos últimos 12 meses, sua vara foi a que mais condenou traficantes no País.
Oliveira confiscou ainda 12 fazendas, num total de 12.832 hectares, 3 mansões - uma, em Ponta Porã, avaliada em R$ 5,8 milhões - 3 apartamentos, 3 casas, dezenas de veículos e 3 aviões, tudo comprado com dinheiro das drogas. Por meio de telefonemas, cartas anônimas e avisos mandados por presos, Oliveira soube que estavam dispostos a comprar sua morte. 'Os agentes descobriram planos para me matar, inicialmente com oferta de US$100 mil.' No dia 26 de junho, o jornal paraguaio Lá Nación informou que a cotação do juiz no mercado do crime encomendado havia subido para US$ 300 mil. 'Estou valorizado', brincou. Ele recebeu um carro com blindagem para tiros de fuzil AR-15 e passou a andar escoltado. Para preservar a família, mudou-se para o quartel do Exército e em seguida para um hotel. Há duas semanas, decidiu transformar o prédio do Fórum Federal em casa. 'No hotel, a escolta chamava muito a atenção e dava despesa para a PF.' É o único caso de juiz que vive confinado no Brasil. A sala de despachos de Oliveira virou quarto de dormir. No armário de madeira, antes abarr otado de processos, estão colchonete, roupas de cama e objetos de uso pessoal. O banheiro privativo ganhou chuveiro. A família - mulher, filho e duas filhas, que ia mudar para Ponta Porã, teve de continuar em Campo Grande. O juiz só vai para casa a cada 15 dias, com seguranças. Oliveira teve de abrir mão dos restaurantes e almoça um marmitex, comprado em locais estratégicos, porque o juiz já foi ameaçado de envenenamento. O jantar é feito ali mesmo. Entre um processo e outro, toma um suco ou come uma fruta. 'Sozinho, não me arrisco a sair nem na calçada.'


Uma sala de audiências virou dormitório, com três beliches e televisão. Quando o juiz precisa cortar o cabelo, veste colete à prova de bala e sai com a escolta. 'Estou aqui há um ano e nem conheço a cidade.' Na última ida a um shopping, foi abordado por um traficante. Os agentes tiveram de intervir. Hora extra. Azar do tráfico que o juiz tenha de ficar recluso. Acostumado a deitar cedo e levantar de madrugada, ele preenche o tempo com trabalho. De seu 'bunker', auxiliado por funcionários que trabalham até alta noite, vai disparando sentenças. Como a que condenou o mega traficante Erineu Domingos Soligo, o Pingo, a 26 anos e 4 meses de reclusão, mais multa de R$ 285 mil e o confisco de R$ 2,4 milhões resultantes de lavagem de dinheiro, além da perda de duas fazendas, dois terrenos e todo o gado. Carlos Pavão Espíndola foi condenado a 10 anos de prisão e multa de R$ 28,6 mil. Os irmãos , condenados respectivamente a 21 anos de reclusão e multa de R$78,5 mil e 16 anos de reclusão, mais multa de R$56 mil, perderam três fazendas. O mega traficante Carlos Alberto da Silva Duro pegou 11 anos, multa de R$82,3 mil e perdeu R$ 733 mil, três terrenos e uma caminhonete. Aldo José Marques Brandão pegou 27 anos, mais multa de R$ 272 mil, e teve confiscados R$ 875 mil e uma fazenda.


Doze réus foram extraditados do Paraguai a pedido do juiz, inclusive o 'rei da soja' no país vizinho, Odacir Antonio Dametto, e Sandro Mendonça do Nascimento, braço direito do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. 'As autoridades paraguaias passaram a colaborar porque estão vendo os criminosos serem condenados.' O juiz não se intimida com as ameaças e não se rende a apelos da família, que quer vê-lo longe desse barril de pólvora. Ele é titular de uma vara em Campo Grande e poderia ser transferido, mas acha 'dever de ofício' enfrentar o narcotráfico. 'Quem traz mais danos à sociedade é mega traficante. Não posso ignorar isso e prender só mulas (pequenos traficantes) em troca de dormir tranqüilo e andar sem segurança.
'
ESTE MERECE NOSSOS APLAUSOS!
POR ACASO A MÍDIA NOTICIOU ESSA BRAVURA QUE O BRASIL PRECISA SABER?
POR FAVOR, FAÇA A SUA PARTE! DIVULGUE O MÁXIMO QUE PUDER!!!

"Quem não ouve a melodia acha maluco quem dança..."
Oswaldo Montenegro

SETE PECADOS (Márcia Marina)

Porventura, o que será uns dois pecados
A mais em minha lista corrompida?
Sujos, minha mente, meu corpo e minha vida
São Santuários, todos devastados.

Não há o que me salve - símbolos sagrados,
Orações em voz de fé aquecida...
Sou pelos santos do céu esquecida,
Por isso, só outros santos por mim são lembrados.

Sete Pecados - da luxúria à preguiça
Cometidos quando foi a mim propício...
Pecar é uma graça que enfeitiça...

Na verdade, é assim desde o início:
O homem suja o que purifica a missa...
O dom da humanidade é o vício.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Excomunhão de Médicos

Nunca fui à favor do aborto, porém esse foi um fato que chamou muito minha atenção por alguns fatores.

Primeiramente, temos à questão de até que ponto deve-se respeitar a vida.
A igreja católica, assim como outras religiões ou grupos, condena o aborto como um crime contra a vida. Contudo, poderíamos cogitar então que se o aborto não fosse executado, seria cometido um crime contra a vida da garota de 9 anos que não possui estrutura, tanto física, como psicológica e até mesmo familiar para ser mãe.
Levando-se em consideração o fato de que a criança poderia até mesmo entrar em estado de óbito, o que deve-se ser feito: Matar um feto ou Colocar em Risco uma pessoa que já nasceu? Não que o feto não tenha vida. Muito pelo contrário, ele têm. Mas, o feto ainda não pode apreciar as maravilhas, ou até mesmo as maldades desse mundo. Já existe uma relação de afeto entre a mãe e a garota de 9 anos, a garota já possui amigos, já existe um circulo social para essa criança e existem até mesmo sonhos.

Em segundo lugar, podemos ver a hipocrisia da Igreja Católica em relação ao fato.
Como uma "organização" que matou milhares de pessoas ao redor do mundo pela "fé", pode condenar um "crime" contra a vida?

"A lei de Deus está acima de qualquer lei humana. Então, quando uma lei humana, quer dizer, uma lei promulgada pelos legisladores humanos, é contrária à lei de Deus, essa lei humana não tem nenhum valor!" (Arcebispo Dom José Cardoso Sobrinho)

Não sou nenhum teólogo, porém me pergunto, que deus é esse em que "Vossa Santidade" o arcebispo crê, que condena pessoas que salvam vidas? Que condena mães que lutam pela vida de suas filhas? Que se acha no direito de deixar uma criança de 9 anos morrer, não necessáriamente fisicamente, pois que tipo de vida levaria uma mãe de 9 anos?

Se existe um Deus, imagino que esse não seja assim como a Igreja "pinta", pois a igreja faz uma imagem de um Homem mal. Como alguém que te manda pra um lugar onde você vai ser queimado pela eternidade pode ser bom?
Sendo assim, em relação à isso, tenho pra mim que a Igreja Católica, faz uma imagem errada do que é um deus.
A Igreja manipula a fé, para que a mesma seja voltada à seu favor.

Concluindo, Não importa se a Igreja envolvida no caso é a Católica, poderia ser qualquer outra, mas, devemos levar em consideração pontos importantes, como o direito à vida por exemplo.

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida..." (Art 5º, CF)

"Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mt 7,1 , Biblia Sagrada)